Belas Surpresas - Parte 7

Belas Surpresas - Parte 7

Naquele domingo completariam o primeiro ano de casados, estavam animados com a viagem de lua de mel. Iam viajar para Veneza, um dos lugares mais romĂąnticos do mundo, estava tudo programado, passagens compradas, hotel reservado, tudo pronto, ela estava tomando remĂ©dios para ajudar a concepção, eles sonhavam voltar da viagem com o seu bebĂȘ a bordo e finalmente se recuperar daquela noite fatĂ­dica no hospital.

- Amor! Vou comprar uma mala a mais para vocĂȘ na volta do trabalho, devo chegar por volta das 19h hoje e podemos começar a arrumar a bagagem. – Ele estava animado.

- Ok, vou deixar o jantar pronto perto da hora que vocĂȘ chegar.

Era 19h em ponto quando ela olhou no relĂłgio, ele devia chegar logo, estava com quase tudo pronto, tinha arrumado a mesa com capricho naquela noite e preparado o prato favorito dele, macarrĂŁo ao molho branco com frango grelhado e salada de batatas com creme de milho.

Por volta das 19:30 a comida estava disposta na mesa apenas a espera dele.
Às 20h começou a estranhar, mesmo que ele tivesse ficado preso no trĂąnsito, teria ligado, ele sempre ligava. 

Às 20:30 ela resolveu ligar, tocou vĂĄrias vezes sem ninguĂ©m atender, ela ligou novamente e o telefone tocava atĂ© cair na caixa postal. Camilly começou a se preocupar de verdade, continuou ligando repetidas vezes. Para tentar se acalmar ligou a TV e nĂŁo poderia estar mais despreparada para o que viu, o telejornal estava em plantĂŁo, uma repĂłrter falava para a cĂąmera enquanto um carro completamente destruĂ­do fazia pano de fundo, a cena jĂĄ seria terrĂ­vel se ela nĂŁo tivesse reconhecido o carro como sendo o de Gregory, a repĂłrter dizia que uma van perdera o controle da direção e entrara na contramĂŁo batendo no carro dele, os paramĂ©dicos estavam a caminho, ela anotou o endereço e saiu transtornada para lĂĄ.

Jamais esqueceria aquele dia, quando chegou sentiu o odor de pneu queimado, muita gente aglomerada e cheiro de sangue. O homem da van prestava depoimento a um policial, sentado nos fundos de uma ambulĂąncia, nĂŁo parecia muito ferido, aparentemente sĂł ele estava na van. Gregory estava desacordado dentro do carro, da tĂȘmpora esquerda escorria sangue e ele parecia preso nas ferragens. Ouviu a sirene dos bombeiros, deveriam estar ali para resgatĂĄ-lo, ela se aproximou de um policial.

- Senhor, eu sou esposa do homem no carro. – sua voz saiu estranhamente firme apesar do turbilhĂŁo de emoçÔes que estava sentindo.

- Ótimo! PrecisĂĄvamos de identificação, vamos dispensar a imprensa e retirar ele do carro, se quiser pode ligar para o seguro buscar o carro. – disse ele, muito profissional.

Ela ligou para a seguradora, enquanto eles retiravam ele do carro. Ela seguiu a ambulĂąncia atĂ© o hospital, lĂĄ preencheu os papĂ©is da internação e precisou ficar na sala de espera enquanto ele era atendido. No tempo em que esperava, ligou para a irmĂŁ dele, Ășnica parente que morava na cidade.

Após horas uma médica veio até a sala de espera lhe dar um parecer. Ele teve poucos ferimentos pelo corpo, a lesão maior era na cabeça, ele tinha batido ela bem forte e o cérebro estava um pouco inchado, se a lesão não regredisse nas próximas horas eles teriam que fazer uma drenagem, mas por hora ele estava no quarto e ela poderia ficar com ele e chamar as enfermeiras caso observasse qualquer alteração

E assim ela passou a noite em claro chorando enquanto rezava para ele ficar bem, duas horas depois o médico de plantão fez uma ronda e notou que o inchaço estava diminuindo e Camilly pÎde se sentir mais aliviada. Porém ele precisava acordar para que pudessem avaliar se ele não tinha nenhuma sequela do inchaço.

Foram trĂȘs dias horrĂ­veis, ela passou as noites em claro, dormindo poucas horas em posiçÔes desconfortĂĄveis, e quando sua cunhada Andrea finalmente a convenceu a ir para casa e tomar um banho e dormir pelo menos algumas horas em uma cama de verdade Ă© que ela percebeu o quanto estava exausta.

Acordou, tomou um café e se sentia um pouco mais disposta apesar das olheiras, o telefone tocou.

- Milly! O Gregory acordou! Vem pra cĂĄ, estĂŁo examinando ele. – disse Andrea no telefone.
Camilly se aprontou rapidamente e foi para o hospital, ele estava acordado o pior jĂĄ havia passado.

Quando chegou o médico estava conversando com ele, fazendo vårias perguntas, ela entrou discretamente e parou a alguns metros da cama aguardando o médico terminar de conversar com ele quando o olhar de Gregory encontrou o seu.

- OlĂĄ. – disse ele sorrindo para Camilly.

- Oi amor Ă© bom te ver acordado. – Respondeu Camilly.

Gregory fez uma expressão interrogativa e buscou o olhar do médico e da irmã como se tentando entender algo que não parecia fazer sentido.

- O que houve Gregory? – perguntou o mĂ©dico.

- Eu... NĂŁo... acho que... – ele parecia desnorteado.

- EstĂĄ confuso? – Perguntou Andrea.

- Sim Ă© que eu... – e olhou para Camilly com a expressĂŁo de confusĂŁo que partiu o coração dela.

- Acho que ele nĂŁo estĂĄ se lembrando de mim – Disse ela baixinho.

- Sim, Ă© isso nĂŁo me lembro mesmo, desculpe. – disse ele percebendo o quanto ela parecia desolada.

- Ela Ă© sua esposa Gregory. – Disse o mĂ©dico. 

- Mas... Minha... Oh! – Ele parecia pesaroso, como se tivesse acabado de cometer um crime gravĂ­ssimo. – Dr. Poderia me dar alguns minutos para conversar com ela a sĂłs? – disse por fim, com a voz firme e controlada.

- Claro, mais tarde eu volto com a equipe, faremos alguns exames para avaliar o motivo e a extensĂŁo da sua amnĂ©sia. – O mĂ©dico tocou o ombro de Andrea e eles saĂ­ram do quarto.
Camilly permaneceu onde estava, com medo do que aconteceria.

- Pode chegar mais perto... desculpe a pergunta, mas como se chama? – disse ele.

- Camilly. – disse ela se aproximando da cama lentamente.

- Ah! OlĂĄ Camilly. – Disse ele com o seu sorriso caloroso e descontraĂ­do.

- OlĂĄ – sussurrou ela.

- Quero que saiba que eu realmente lamento esta amnĂ©sia, sei que nĂŁo deve ser muito confortĂĄvel nĂŁo ser reconhecida pelo prĂłprio marido. – Ele parecia realmente chateado com isso.

- NĂŁo Ă© algo que eu esperava. – Disse ela. – Mas o que importa Ă© que vocĂȘ estĂĄ acordado e parece bem apesar dessa falha de memĂłria. – ela deu um sorriso triste.

- VocĂȘ deve me amar muito mesmo. – disse ele com um sorriso tĂŁo terno que fez o coração dela dar um salto. – SĂł assim para colocar a minha saĂșde em primeiro plano, antes atĂ© que o prĂłprio coração.

Camilly se aproximou mais da cama e estendeu a mĂŁo para tocar o rosto dele. Acariciou a barba irregular de 3 dias desacordado e ele fechou os olhos para saborear a carĂ­cia.

- Acho que sou um homem de muita sorte. – Ele segurou a mĂŁo dela entre as suas e levou atĂ© os lĂĄbios para beijĂĄ-la. 

Camilly sorriu sentindo no gesto um eco do seu Gregory apaixonado.

- EntĂŁo, Camilly hĂĄ quanto tempo somos casados?

- Um ano 

- Temos filhos?

- NĂŁo, eu perdi um bebĂȘ hĂĄ alguns meses.

- Queremos tentar de novo?

- Sim – sussurrou ela.

- Nos amamos muito?

- Sim. – Disse ela sentindo os olhos se encherem de lĂĄgrimas.

- EntĂŁo somos felizes.

- Muito. – Disse jĂĄ com a voz embargada.

- Ótimo! – Ele apertou a mĂŁo dela. – Eu juro que mesmo que nĂŁo recobre a minha memĂłria vou estar com vocĂȘ ok? – Ela assentiu. – Se eu escolhi vocĂȘ, Ă© porque vocĂȘ vale a pena, entĂŁo nĂŁo importa as circunstĂąncias, vocĂȘ e eu vamos fazer funcionar com ou sem lembranças. SĂł vou precisar de um relatĂłrio completo sobre nĂłs dois e tudo vai se encaixar, por favor nĂŁo fique triste ou magoada. – A essa altura as lĂĄgrimas teimosas jĂĄ haviam transbordado. EntĂŁo ele ergueu a mĂŁo e secou uma delas. – NĂŁo chore... vai ficar tudo bem.

- VocĂȘ existe? – Disse ela com a voz tremida.

- Acho que as lembranças estĂŁo perdidas em mim, porque essa sua frase me soou como um deja’vu. – Ambos sorriram.

Naquele dia a permanĂȘncia de um acompanhante nĂŁo foi mais necessĂĄria e Camilly teve de voltar para casa pois sĂł poderia voltar ao hospital a partir das 11 da manhĂŁ que era quando começava o horĂĄrio de visita dos pacientes regulares.

- Bom dia Sra. Kriwatt. - disse o médico quando a viu saindo do elevador.

- Bom dia. – respondeu ela. – Como ele estĂĄ?

- Ele estĂĄ Ăłtimo, na verdade estava indo para lĂĄ, acompanho a senhora.

Eles seguiram juntos em silĂȘncio atĂ© o quarto de Gregory.

- OlĂĄ Camilly. – Cumprimentou ele quando viu ela entrando com seu mĂ©dico.

- OlĂĄ Gregory, como se sente? – Perguntou ela.

- Me sinto bem. 

- EntĂŁo, estou aqui para comentar os seus exames. – Disse o mĂ©dico.

Camilly e Gregory prestaram a atenção nele.

- Bom, os exames foram todos muito satisfatĂłrios. VocĂȘ chegou com uma lesĂŁo e um pouco de inchaço no cĂ©rebro, essa lesĂŁo pode ter acarretado a amnĂ©sia, mas ao que tudo indica nĂŁo Ă© grave e nĂŁo parece permanente. Sendo assim, em breve as lembranças devem voltar gradativamente. Quanto a restante, vocĂȘ estĂĄ em perfeita forma.

- Isso Ă© Ăłtimo! E quanto tempo ainda ficarei internado? 

- Pedi para manterem vocĂȘ em observação desde de que acordou ontem pela manhĂŁ e nĂŁo recebi nenhum relato de anormalidade, parece coerente, com boa coordenação e dicção, acho que estĂĄ pronto para voltar para casa imediatamente. – Erguendo a prancheta acrescentou. – Aqui estĂĄ o seu documento de alta, basta arrumar as suas coisas e pode ir para casa jĂĄ.

- Caramba! Isso Ă© Ăłtimo! – disse ele. EntĂŁo virou-se para Camilly. – Acha que pode providenciar uma muda de roupa para mim?

- Sim, estĂĄ no carro, eu deixei no banco de traz para estar pronta quando recebesse alta. 

- Uau! Que mulher prevenida eu tenho. Estou orgulhoso. – E sorriu de forma conspiratĂłria.
Camilly desceu e pegou as roupas, ele se trocou no banheiro, saiu agradeceu ao médico pelo atendimento.

- Deixe-me apenas dar uma Ășltima recomendação. – Disse mais sĂ©rio. – Nada de esforços fĂ­sicos ok? Pelo menos por duas semanas tente descansar e ficar em casa, e sexo Ă© considerado esforço fĂ­sico. – deu uma piscadinha, enquanto Camilly ficava vermelha feito um tomate o que divertiu Gregory. EntĂŁo ela era tĂ­mida. – Outra coisa. – disse o mĂ©dico se dirigindo a Camilly. – Tente manter a rotina dele o mais comum possĂ­vel, tente usar os apelidos que costumava usar com ele, oferecer comidas que ele esteja acostumado e falar desse tempo que ele esqueceu, pode ajudar com as memĂłrias.

Ela concordou com um aceno.

Então o médico se despediu, entregou um cartão com seu telefone para que ligassem caso houvesse qualquer complicação e eles foram embora.

- EntĂŁo vamos para casa. – Disse Gregory sentando no banco do passageiro.

- Sim. – disse ela. Tentou sorrir de forma simpĂĄtica para esconder a insegurança. 

Estava levando Gregory para casa, um Gregory que não a conhecia, que acabara de sair de um acidente, estava um pouco nervosa, não queria soar muito íntima, mas também não podia soar como uma estranha, ordens médicas. Era como se estivessem acabado de se conhecer, mas ela tinha muitas lembranças dos momentos apaixonados que viveram, era a situação mais estranha que jå tinha experimentado.

O trajeto atĂ© em casa durou cerca de 20 minutos, o trĂąnsito estava tranquilo e o silĂȘncio permaneceu. Quando chegaram Camilly estacionou na garagem e eles entraram em casa.

- Parece com a minha casa, tem algumas coisas sutis diferentes, mas estĂĄ muito familiar. – disse ele entrando na sala.

- Sim não fizemos muitas mudanças desde que nos casamos.

- Vou subir e tomar um banho, sinto que preciso de uma boa ducha.

- Tudo bem, vou preparar algo para o almoço.

Ela jå havia se virado e estava se dirigindo para a cozinha quando sentiu ele segurar seu braço. Ao virar se deparou com ele a poucos centímetros dela.

- O que acha de eu deixar a barba? Pensei em apenas desenhĂĄ-la melhor e deixar crescer um pouco. Te incomoda? – Disse ele em um tom de voz que soou sensual aos ouvidos dela.

- Se vocĂȘ quiser deixar crescer, tudo bem. – respondeu ela.

- Tem certeza? NĂŁo quero que reclama que a barba estĂĄ arranhando quando eu te beijar. – ele sorriu malicioso e o sorriso se alargou quando percebeu a expressĂŁo um pouco chocada dela.

- Me beijar? – sussurrou ela como se estivesse falando consigo mesma.

- Sim, acho que beijos estĂŁo liberados certo? O mĂ©dico me proibiu apenas de sexo por duas semanas. – Ela ficou novamente vermelha como um pimentĂŁo. Poderia ter torturado ela um pouco mais, mas ficou com dĂł e resolveu que era hora de subir. – Vou tomar meu banho, atĂ© mais. – disse por fim soltando-a e  seguindo em direção a escada.

Camilly foi para a cozinha preparar o almoço, o coração batia fora de compasso, as pernas estavam levemente bambas, era como se houvesse voltado no tempo e tivesse acabado de conhece-lo, ele era sedutor, malicioso e provocante, achou que ele iria ser mais reservado, mas a quem estava enganando o homem a convencera a se casar e ir morar com ele em uma semana, ele nunca foi do tipo que espera. Mesmo assim se sentia uma adolescente apaixonada, com a convivĂȘncia e a intimidade havia se esquecido como ele mexia com ela.

- O cheiro estĂĄ maravilhoso! – disse um Gregory de bermuda confortĂĄvel, camiseta e chinelo, da porta da cozinha.

- Obrigada, nĂŁo cozinho tĂŁo bem quanto vocĂȘ mas tento. 

Ele foi atĂ© as panelas e destampou para avaliar a aparĂȘncia da comida.

- Hum... Risoto de frango e salada de batatas. Parece delicioso.

Ela preparou a mesa e eles sentaram para comer.

- Como foi nosso primeiro almoço juntos?

- Foi em um restaurante.

- JĂĄ estĂĄvamos namorando?

- NĂŁo, nĂłs estĂĄvamos... nos conhecendo, vocĂȘ havia me levado para uma consulta.

- Consulta? Que tipo de consulta?

- Obstetra, eu estava grĂĄvida.

- Como estava grĂĄvida e nĂŁo estĂĄvamos namorando? – ele arqueou a sobrancelha.

- Eu nĂŁo estava grĂĄvida de vocĂȘ eu... – Ela respirou fundo. – Eu havia conhecido um cara na faculdade e ele me embebedou e me estuprou, entĂŁo eu descobri um mĂȘs depois que estava grĂĄvida, vocĂȘ foi a primeira pessoa para quem contei, era meu professor e eu estava desesperada. EntĂŁo, no dia seguinte vocĂȘ me ligou e me levou para começar o acompanhamento da gestação, se ofereceu para se casar comigo e assumir o meu bebĂȘ. – Ela suspirou e avaliou a expressĂŁo dele.

- Eu jĂĄ era apaixonado por vocĂȘ nessa ocasiĂŁo nĂ©? – Disse como se estivesse conferindo um fato.

- Sim, depois eu descobri que vocĂȘ queria sair comigo desde o inĂ­cio do semestre.

- All star, um jeans escuro, uma blusa vermelha, carregando os livros no corredor com o cabelo preso... Acho que eu tenho uma vaga recordação de vocĂȘ, parecia mais jovem, mais... inocente. – Ele parecia perdido, quase nostĂĄlgico.

- Lembra de mim? – Ela soou esperançosa.

- Lembro desse dia, Ă© vago, meio borrado, mas lembro do all star, vocĂȘ parecia tĂŁo novinha...

- Foi hĂĄ pouco mais de um ano, eu era uma garota ingĂȘnua, aprendi muito depois da gravidez.

- Significa que eu contribui para esse mulherĂŁo que vejo agora?

Ela enrubesceu de novo.

- Ah agora que estå envergonhada parece mais com a moça de all star.

- VocĂȘ foi muito gentil e amadureci muito depois que nos conhecemos.

- Quanto tempo levou para nos casarmos?

- Um mĂȘs, mas eu vim morar com vocĂȘ uma semana depois de descobrir que estava grĂĄvida.

- Virei sua cabeça então.

- É, virou.

- Sou um homem de sorte.

- Acha mesmo?

- Tenho certeza.

- Eu acho que a sortuda sou eu.

- NĂŁo discordo dessa afirmação. – disse rindo presunçoso.

- TĂ­pico – disse ela revirando os olhos e ele riu, aquela gargalhada gostosa de sempre. Camilly ficou sĂ©ria e ele percebeu. 

- Que foi? Disse algo errado? – Disse ele preocupado.

- NĂŁo, sĂł tinha esquecido o quanto tive medo de nunca mais ouvir o som da sua risada. – Ela piscou para tentar espantar as lĂĄgrimas que se acumularam.

Ele se levantou, se agachou ao lado da cadeira dela, olhou em seus olhos e disse.

- Amor Ă© uma coisa que nĂŁo pode ser apagada por nada. Eu amei vocĂȘ, sou cauteloso demais para dizer que a amo do mesmo modo que antes de perder as minhas memĂłrias, mas eu sei que se vocĂȘ estĂĄ aqui e se eu me casei com vocĂȘ Ă© porque eu a amava e eu tenho certeza que nĂŁo vai demorar muito para eu poder dizer com todas as letras que te amo de novo. Eu nĂŁo vou a lugar nenhum entendeu? Nunca vai me perder. – ela apenas concordou com a cabeça. 

EntĂŁo ele prendeu o olhar dela no seu e inesperadamente a beijou com tanto carinho que ela pensou que fosse se desmanchar.

Belas Surpresas




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